sábado, 13 de fevereiro de 2016

MÚSICA

Depois de uma interessante manhã de debate no posto de turismo municipal, a tarde é dedicada à placidez de outros temas, na solidão do meu gabinete. Com a música em pano de pano.

La Musique
La musique souvent me prend comme une mer!
Vers ma pâle étoile,
Sous un plafond de brume ou dans un vaste éther,
Je mets à la voile;


La poitrine en avant et les poumons gonflés
Comme de la toile
J'escalade le dos des flots amoncelés
Que la nuit me voile;


Je sens vibrer en moi toutes les passions
D'un vaisseau qui souffre;
Le bon vent, la tempête et ses convulsions


Sur l'immense gouffre
Me bercent. D'autres fois, calme plat, grand miroir
De mon désespoir!


O quadro é de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), foi pintado em 1882 e intitula-se Um concerto de amadores (how appropriate!). Columbano sempre me pareceu um pintor pouco considerado, ainda que possa ser erro de perspetiva da minha parte. Outra música, literalmente, é a do poema de Charles Baudelaire (1821-1867). 

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