sexta-feira, 3 de julho de 2015

MARABUTO

A palavra evoca silêncio e oração. O soldados nos limites dos territórios muçulmanos não deviam contar com muito mais que isso. Recordo-me sempre da passagem de Ibn Arabi (Les soufis d'Andalousie) onde alguém parte para a fortaleza da Juromenha, situada na fronteira, para aí fazer a guerra santa.

Marabuto lembra sítios de contemplação, misticismo e as sepulturas de homens santos. À volta dos marabutos organizam-se pequenos cemitérios, como em Arzila. Foi o que passou, para o mundo islâmico ocidental, das inumações privilegiadas da Alta Idade Média cristã. As ramificações estenderam-se, África fora, a passo de camelo e até onde as caravanas do comércio chegaram. Uma pista que valeria a pena seguir. Talvez um dia...


Amareleja, 2015 - Não é um marabuto, ainda que a forma recorde um desses sítios. O silêncio da morte perpassa por este local. Em volta há calor e algumas árvores. Mesmo ao lado fica o cemitério da vila.

Arzila

1 comentário:

Portugalredecouvertes disse...


as fronteiras são artificiais, os pássaros não as conhecem