sábado, 16 de agosto de 2014

DA ESTÉTICA FARFISA AO PUNK


Há trinta e tal anos não havia youtube, nem mp3. Os discos eram uma rodela preta em vinil (singles e LP's, consoante a duração). As novidades chegavam a conta-gotas e para ouvir o rock que não se fazia por cá havia dois programas: o Rock em Stock, de Luífs Filipe Barros, e o Rolls-Rock, de António Sérgio. Preferia o primeiro, até porque às 4ªs feiras tinha um cantinho para as bandas de ska e de reggae. O ska e o reggae são um bocadinho farfisa e é por isso que gosto dos Specials, tal como gosto daquele órgão nas músicas do Roberto Carlos...

Foi graças a todos eles que fui desembocar, faz hoje 35 anos, num festival de rock do qual não reza a História... Quando acordei, no dia a seguir, tinha a sensação de me terem metido um Black & Decker nos ouvidos.

Se alguém quiser procurar coisas no google faça favor. Direi apenas que destes grupos emergiu apenas, e tanto quanto me lembro, Annie Lennox, que era então a vocalista dos Tourists. Que, mesmo assim, deu barraca ao cantar o I saw her standing there. Enganou-se a meio e tiveram de recomeçar. Aqui para nós, que ninguém nos ouve, eu também gostava dos 999 e do seu the biggest prize in sport (ouvir aqui), que ao vivo era bem pior que ao morto.

Contradições do escriba, ainda hoje continuo a gostar da estética farfisa, tanto quanto gosto do punk.

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