segunda-feira, 3 de março de 2014

ALAIN RESNAIS (1922-2014)

Escolho, como filme destes dias, uma obra polémica de um realizador desaparecido há pouco: Alain Resnais. Como é um filme pouco comum opto por mostrar apenas este fotograma e não imagens em movimento. O último ano em Marienbad foi, na altura (ainda hoje?) objeto do mais fervoroso entusiasmo ou da classificação de "incompreensível". Estou neste último grupo, tendo assistido à projeção com uma penosa sensação de perda de tempo. O trabalho de fotografia de Sacha Vierny é inigualável, para usar um adjetivo banal. Mas a história é uma "não-história", com a quebra dos tradicionais padrões espacio-temporais. Eram os tempos do nouveau roman, moda breve e hoje muito menos popular.

De Resnais veria, anos mais tarde, O meu tio da América, que me interessou pela originalidade da análise laboritiana. Mas não mais que isso.


Uma não-história com não-sombras. Esta célebre cena foi filmada em dia de nuvens. As sombras das pessoas, projetadas no chão, são pintadas.

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