sábado, 12 de outubro de 2013

FLAGRANTES DA VIDA REAL - IV

A história é verdadeira. Omito os nomes, por razões óbvias.

Aquele simpático casal de aposentados aventurava-se por terras helvéticas, sem falar nenhuma das línguas do País. A dado momento, num cantão onde se fala francês, foi necessário meter gasolina. Ele não sabia uma palavra da língua gaulesa. Ela sim, estudara francês em tempos. Na verdade, há muito tempo. Coube-lhe parlamentar com o funcionário. Disse, em tom convicto, "remplir le dépôt". Ou seja, "encher o depósito". Só que, em francês, a frase, assim literal, nada significa. O empregado disse "pardon, madame..." e a madame insistiu, mais devagar e silabando "rem-plir le dé-pôt". Nada. Uma conversa de surdos. Aí, o marido saiu do carro, impaciente, e disse em português, e com gestos expressivos, "CHEIO! ATÉ ACIMA!". O suiço, "oui, monsieur", encheu o depósito.

Quando me contaram o episódio escangalhei-me a rir. Para a próxima, já sabem que encher o depósito se diz "faire le plein" ou, mais coloquialmente, "le plein".

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