quarta-feira, 31 de julho de 2013

VIOLETA



Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
- Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti - violeta!

Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.

A borboleta travessa
Vive de sol e de flores.
- Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!

Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
- Deixa eu dormir no teu seio,
Dá-me o teu mel - violeta!


Berthe Morisot com um ramo de violetas, pintado em 1872 por Édouard Manet (1832–1883) e um poema do romântico brasileiro Casimiro de Abreu (1839-1860). Encerrando um ciclo colorido.

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