quarta-feira, 20 de julho de 2011

LE BLÉ QUI EST DORÉ

Et puis regarde ! Tu vois, là-bas, les champs de blé ? Je ne mange pas de pain. Le blé pour moi est inutile. Les champs de blé ne me rappellent rien. Et ça, c'est triste ! Mais tu as des cheveux couleur d'or. Alors ce sera merveilleux quand tu m'auras apprivoisé ! Le blé, qui est doré, me fera souvenir de toi. Et j'aimerai le bruit du vent dans le blé...


Talvez a ligação imagem/texto possa parecer forçada, mas a solidão do sítio, o facto de ter servido de celeiro coletivo (é um agadir, muito comum no norte de África e identificado arqueologicamente na Península Ibérica), a imagem do cereal e, sobretudo, o absoluto silêncio do local evocam-me esta passagem de Saint-Exupéry, em Le petit prince.

A fotografia foi feita na primavera de 2008, em Qasr el-Hajj, a sul de Tripoli.

2 comentários:

Anónimo disse...

. . . . .

Calandrónio disse...

Meu amigo Santiago, mas ali naquele "claustro", quando provido de água e de cereal, nem o vento entrava, como poderia o poeta esperar pela vida de um cabelo doirado... quando muito desesperaria de tanta quietude.
Que bela,artística, além do documento sócio-político, um grande braço LBorrela