quinta-feira, 14 de abril de 2011

ECOS DO RECIFE: PORTUGAL TROPICAL

Uma das facetas mais espantosas destas cidades do Nordeste é o casamento entre o urbanismo e a arquitetura importados da Europa e o calor e ao ambiente dos trópicos. A igreja que se vê nesta imagem, e não é por acaso, é a de Nossa Senhora do Carmo. Fico mesmo no centro de Olinda.
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É um Portugal diferente o que se abre ante os nossos olhos. É um Portugal que não existiria sem a figura extraordinária do Marquês de Pombal.
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Rosário
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E eu que era um menino puro
Não fui perder minha infância
No mangue daquela carne!
Dizia que era morena
Sabendo que era mulata
Dizia que era donzela
Nem isso não era ela
Era uma moça que dava.
Deixava... mesmo no mar
Onde se fazia em água
Onde de um peixe que era
Em mil se multiplicava
Onde suas mãos de alga
Sobre meu corpo boiavam
Trazendo à tona águas-vivas
Onde antes não tinha nada.
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Os portugueses dos séculos XVII e XVIII inventaram o Brasil. E criaram a mulata.
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Sobre Olinda: http://www.olinda.pe.gov.br/
O resto do poema Rosário, de Vinicius de Moraes, pode ser lido em http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/

1 comentário:

Lucrecia disse...

São cidades lindas e acolhedoras. Minha familia mudou-se para o nordeste (somos de Minas Gerais)e nunca mais voltamos.Acho que é o mar, o sol....