quarta-feira, 25 de março de 2009

MÉRTOLA - TRINTA ANOS DEPOIS

É hoje inaugurado o circuito de visitas da alcáçova de Mértola.
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Trinta anos passaram sobre o início dos trabalhos, era então presidente da câmara o Dr. Serrão Martins. A máquina do tempo é rápida e terrível: 1982 foi o ano da inauguração do primeiro museu na Igreja da Misericórida; 1986 - primeiras candidaturas aos projectos da JNICT; 1988 - inauguração do núcleo romano; 1993 - abertura da basílica paleocristã; 1998 - exposição Portugal Islâmico no Museu Nacional de Arqueologia; 2001 - inauguração do Museu Islâmico; 2008 - início do funcionamento do mestrado Portugal Islâmico e o Mediterrâneo. Pelo meio, houve projectos, a revista Arqueologia Medieval, textos e teses, debates e exposições, o Prémio Pesso atribuído a Cláudio Torres e tudo o mais que não cabe num curto texto.

E agora? E agora depois do acordo entre o CAM e o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e do Porto? E agora, que a fase festiva já passou? O futuro aponta para um aprofundamento e uma intensificação da investigação científica. Sem perder de vista a componente dos museus, base essencial do nosso trabalho.

Hoje, a alcáçova fica à disposição do público. Será lançado um livro onde se faz um rápido balanço destas três décadas de actividade. E fica, naturalmente, a perspectiva da continuação de um trabalho de escavação na alcáçova, que sempre será o coração deste projecto.

Agora, que o futuro nos espera ao virar da esquina, temos a obrigação de continuar.


Mértola e uma proposta de reconstituição do bairro islâmico (sécs. XII-XIII), contemporâneo desta imagem, da obra Bayad wa Ryad. Mais informações sobre o Campo Arqueológico de Mértola em www.camertola.pt. Veja-se também a página web do município: www.cm-mertola.pt.

2 comentários:

Paula Martins disse...

Sáravá Santiago!

É verdade, finalmente temos à disposição do visitante o circuito de visitas da alcáçova.

Gostaria de lhe dizer que estive lá a trabalhar neste fim de semana e os visitantes estão a aderir em massa e a elogiar todo o trabalho desenvolvido.

Mais um motivo de orgulho para os mertolenses, os de origem, e os de coração.

Obrigada também por TODO o seu contributo!

Santiago Macias disse...

Ora viva Paula.

Fico contente, embora por opção própria não tenha participado no desenvolvimento do projecto da alcáçova. No Projecto Integrado de Mértola, iniciado em 1994 (!), coube-me o projecto do Museu Islâmico. Contribui nas escavações, desde 1983, e com textos e com a investigação. Coisas que retomarei em breve.